Carlos tinha apenas 2 anos quando estava descendo do ônibus no colo da sua mãe, que trabalhava como diarista e não tinha como deixar os filhos em casa, quando por um grande descuido, o motorista do ônibus fechou a porta em cima deles, os prensando totalmente. Com os gritos dos passageiros, ele abriu as portas, mas os dois foram parar na calçada. Resultado: Carlos bateu no meio fio e fraturou a coluna, perdendo os movimentos das pernas. Assim começou a saga de sua coluna torta.
Não bastasse isso, nova na cidade e sem informação, a mãe de Carlos não o vacinou contra Poliomielite, e ele teve paralisia infantil. Coisas da vida que não explicamos, só aceitamos e lutamos para seguir em frente. Com o acidente mais a paralisia, Carlos teve atrofia muscular em todo lado direito do corpo e sua coluna entortou, gerando uma grande escoliose. Depois de algumas cirurgias e várias sessões de fisioterapia, ele conseguiu recuperar parte dos movimentos e, apesar de cadeirante, tornou-se um homem independente.
Formado em Educação Física - olha que inspiração - hoje ele trabalha com alunos de futebol de salão, campo e areia, em um projeto voltado para crianças carentes, que sonham em ser jogadores profissionais. O nome da escolinha é Futuros Herdeiros FC.
Carlos ainda tem a coluna torta, mas já está bem melhor do que antes! Quando sente dor, usa esse colete preto da foto.
Pensamos que só há meninas da coluna torta, mas os meninos também podem sofrer disso. Que a história de Carlos sirva para nos ensinar que somos muito mais do que nossas condições físicas, né?
Deixem um racadinho para ele nos comentários!
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Homem que admiro muito jamais vi reclamar de suas limitações, amo demais.
Tinha tudo para desistir e seguiu em frente. Grande exemplo!!!