Quando levei meu filho pela primeira vez ao nosso médico ortopedista especialista em escoliose, Dr. Paulo Cavali, ele pediu um exame de imagem da coluna do Pedro por conta de um pequeno desnível na cintura e também por causa do meu histórico com a deformidade.
Para minha surpresa, esse exame não era um Raio-X, como eu estava acostumada a fazer a vida toda, e sim algo novo e diferente para mim de nome EOS. O Dr. Cavali me explicou na hora todos os benefícios desta nova forma de diagnosticar a escoliose e me indicou o lugar para realizar o exame. Então, resolvi fazer um post sobre isso para vocês, pois ainda é pouco divulgado e entendo a importância de que o máximo de pessoas tenham esse tipo de informação. Coluna torta, Raio-X ou EOS? Vamos descobrir a diferença entre eles?
Coluna torta, Raio-X
Muito solicitado pelos ortopedistas e bastante comum para diagnosticar a escoliose, este exame permite a observação da coluna desde a região cervical até a região onde termina a coluna vertebral. Por este Raio-X, o médico consegue medir o ângulo de Cobb para determinar a gravidade da deformidade, avaliar se tem rotação e ver de uma forma panorâmica toda a coluna do paciente. Trata-se de um exame indolor, que não precisa de nenhum tipo de preparação prévia e leva por volta e 10 minutos para ser finalizado.
- E quais os riscos do Raio-X?
O que acontece é que este exame tem um nível de radiação baixa, mas o suficiente para poder causar mutação em nosso DNA e, por isso, é considerado carcinógeno pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Coluna torta, EOS
Considerado um avanço revolucionário na forma de captar imagens para ortopedia, o EOS nasceu da maravilhosa ideia de Geoges Charpak, que ganhou o Prêmio Nobel de Física, em 1992. Por ser simultâneo na hora de captar imagens frontais e laterais e gerar um resultado tridimensional, o sistema usado neste exame proporciona muito mais precisão para que o médico avalie o melhor tratamento diante do resultado. Um ponto muito importante do EOS é o fato de que ele reduz em até 85% a dose de radiação comparando com a radiografia "normal" e, por isso, também está sendo cada vez mais indicado para a detecção da escoliose em crianças e adolescentes, que precisam radiografar de forma frequente. Mais uma vantagem: o novo detector de raios-x ultrassensível permite realizar exames rápidos de mais ou menos 20 segundos, com qualidade 2D e 3D. De fato o exame do Pedro foi muito rápido!
- E quais as desvantagens do EOS?
Ele ainda não está disponível em muitos laboratórios (eu só conheço o Fleury) e é um pouco caro. Como meu filho não tem o plano que cobre o laboratório Fleury, tivemos que pagar no particular.
E você, já conhecia o EOS? Me conta!